Em um pequeno povoado de Sergipe, Serra do Machado, nasceu uma história de persistência e amor pelo artesanato. Paula Jaquelina cresceu observando sua mãe transformar fios em sustento, num delicado bailar de agulhas que ajudava a complementar a renda familiar.

  Ainda jovem, aos 13 anos, aprendeu com a mãe os segredos do crochê, desenvolvendo suas primeiras peças sob orientação materna. O casamento a levou para Aracaju, capital sergipana, onde construiu sua família e temporariamente deixou as agulhas de lado.

  O destino, porém, teceu novos caminhos. Após 20 anos distante do crochê, uma situação delicada trouxe Jaquelina de volta à arte que marcou sua infância. Quando sua mãe sofreu um AVC, ela precisou dedicar-se aos cuidados maternos, impossibilitando-a de manter um trabalho formal. Foi então que o crochê ressurgiu em sua vida, não apenas como uma alternativa de renda, mas como uma reconexão com suas origens.

   Hoje, as peças que cria com tanto carinho tornaram-se a principal fonte de renda de sua família. Paula Jaquelina transformou um conhecimento passado de mãe para filha em seu sustento, provando que a arte do crochê é mais que um artesanato - é um instrumento de transformação e independência financeira.